segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela" (Friedrich Nietzsche)

Eu detesto brigar com alguém, principalmente quando são meus pais. Depois da briga sempre me sinto desconfortável e triste. Ontem acabei brigando com o velho e no final estávamos gritando um com o outro e colocando um o dedo na cara do outro. Enfim foi horrível. Eu estava errado. Fui me desculpar e então ele me perguntou o que estava acontecendo. Porque eu ando nervoso. Para muitos eu posso parecer uma pessoa equilibrada, e eu até tento ser, mas a verdade é que sou muito bom dando conselhos.E não busco ninguém para pedir conselhos. Vou guardando, guardando, guardando, até a hora que coloco tudo para fora. Estou com medo, muito medo. Medo de que? Não passar na faculdade, não conseguir construir minha família e não conseguir crescer na minha vida profissional (música). Posso parecer equilibrado por fora, porém por dentro estou totalmente desorientado. Todos dizem que nessa fase isso é normal, mas é algo que temos que superar sozinhos. Canso de ouvir que vou morrer de fome fazendo música, que muitos tentam e poucos conseguem. Porém não deixo isso me abalar, mas ninguém é de ferro e é impossível eu não ter medo

Ontem depois de tudo, eu e meu pai vimos um filme que estava passando no futura. O filme se chamava "Nasce Uma Estrela" com Janet Gaynor e Fredric March. É um clássico de 1937, onde Esther Blodgett (Janet Gaynor) tenta se tornar uma atriz em Hollywood. E tem uma cena que falam para ela a seguinte frase "A suas chances são de 1 em 100 mil" e então ela responde "E eu posso ser essa uma". Nessa hora, eu me vi exatamente naquela cena! Tem coisas que vem na hora certa, no momento certo e esse filme veio nesse momento. Depois do filme e do desabafo com meu pai, confesso que fiquei bem melhor. E um dia quem sabe, quando vocês entrarem aqui, verão um post meu falando da minha felicidade em estar crescendo no ramo musical e com pressa para levar minha filhinha na escola.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E o prêmio dardos vai para....

Ontem depois de voltar da "noitada", entrei em meu blog e foi com um susto (e um imenso prazer) que recebi esse tão honorável "prêmio dardos" de meu querido amigo blogueiro David. Podemos dizer que sou apenas um bebê nesse mundo de blogs e ter recebido tal homenagem  foi algo que realmente me deixou muito contente. Pois esse prêmio é dado aqueles que cujo blog, é bem escrito e exerce uma certa relevância. Seja contando histórias, seja fazendo críticas, contos, poesias e etc. Não deixem de conhecer o David e seu divertido blog Era uma vez , onde ele narra (Como ninguém!) suas tantas aventuras de vida.

“Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”.

Ao receber o prêmio o blog deve também indicar outros blogs.

Aos indicados, para que este incentivo não acabe, peço a vocês que sigam estas instruções:

1) Você deve exibir a imagem do selo em seu blog;

2) Você deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;

3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos;

4) Avisar os escolhidos, claro!

E meus blogs e blogueiros escolhidos  para receber essa homenagem são:

Matheus Esperon (e sua equipe) no Isto Era - Um inteligente e divertido blog de notícias, críticas e parodias.

Martha Asfora em Ateliê Urbano - Blog feito para todas as mulheres, com uma grande variedade de bolsas, mochilas, barraquinhas de praia e etc. E aos homens que desejam presentear sua filha, mãe, esposa e cia
(Haha).

Mauricio Coutinho em Papai Gay - Conceitos, pré-conceitos, opiniões, exclamações e neuroses de um papai gay tentando viver num mundo homofóbico e preconceituoso sem enlouquecer!

E mais um vez agradeço ao querido David pela sua indicação e desejo a todos uma ótima semana.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Arme a tenda, o circo começou.

Bem, como estou nos meus últimos dias de aula (graças a Deus!), eu e minha turma fomos assistir as apresentações dos trabalhos de vídeo do segundo ano. Chegamos sem fazer (quase) nenhum barulho e nos sentamos no fundo da sala. Até ai tudo ótimo. O professor então, pediu que o primeiro grupo se levantasse e apresenta-se seu trabalho. Que por coincidência, se tratava de homofobia. Eu já conhecia as peças que estavam apresentando e já imaginava o que eu iria ver, porém tinha aquela esperança de estar errado. Infelizmente eu não estava. Eles começaram mostrando uma matéria do fantástico sobre homofobia, que como sempre dizia que a homofobia aqui no Brasil tinha caído bastante (Aham, sei). Em certa hora eles mostram que 2% das pessoas entrevistadas não respeitariam a homossexualidade na família, 3% não saberiam o que fazer, 94% respeitariam e dentro dessas todas, 54% apoiariam. E em outro momento do vídeo é mostrado que 54% acha que a homofobia deve ser considerado um crime. Então dos 94%, 40% só pensaria em respeitar a homossexualidade caso fosse na própria família e isso se eles não estiverem só falando da boca pra fora, o que é muito fácil. É como diria o velho ditado "pimenta no cu dos outros e refresco". Enquanto a apresentação rolava, notei que um deles olhou para o companheiro e falou sem emitir som: "Fudeu, vai dar merda" ou algo do tipo. Além da minha turma, estavam na sala mais três professores, a vice-diretora e a coordenadora. Da pra imaginar porque ele ficou tão preocupado. Foi então que colocaram a entrevista deles com um homossexual. Eu realmente fiquei com o queixo no chão, não acreditava no que estava vendo. O pior era ver que eles achavam graça no que estava acontecendo! As perguntas eram ridículas e as respostas piores ainda. Todos estavam abestados com aquela palhaçada toda. Menos, é claro, o grupo deles. Assim que terminou, levantei a mão, esperei a autorização e falei:

 - Vocês foram obrigados a fazer esse trabalho? Porque se não foram, nunca deveriam ter feito! Isso foi uma falta de respeito, uma grande palhaçada. Vocês mesmo estavam rindo do que fizeram. Aquele rapaz realmente era gay? 


E claro, o rapaz não era homossexual. E depois descobri que era um dos mais homofóbicos. Segundo um deles, o colocaram, pois ele sabia imitar gay direito. E como pegar um branco racista, pintar de preto e o mandar ficar falando como "negão". Isso não existe! Não existe um jeito negro de falar, um jeito homossexual de falar. Do grupo todo só tinha uma pessoa que eu não esperava que fizesse isso. Assim que tudo terminou, fui até ele. Falei que depois de tudo aquilo, meu respeito por ele tinha caído bastante. Ainda tentaram se explicar, mas não tem o que explicar. Ficamos lá mais um pouco, vimos os outros trabalhos e depois voltamos para nossa sala. Foi o assunto do dia e ficamos horas conversando. Pelo menos, vi que existem pessoas que realmente se importam e que defenderam também. Domingo mesmo, fui na parada gay com meu pai e uns amigos meus. Na qual eles me chamaram e eu chamei meu pai. Eu e o velho ficamos surpreso e felizes com isso, pois mostra que nem tudo está perdido, não é mesmo? E acho que posso dizer que tenho um pouco de influência nisso (Hahaha).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sou sempre sincero.

Hipocrisia. É o que me da mais raiva em alguém. Eu prefiro que a pessoa fale a verdade, mesmo que seja preconceituosa, do que falar uma coisa e por trás falar justamente o oposto. Eu já estou acostumado com essas situações. Na minha frente nunca falam mal de gay ou quando sabem do meu pai já procuram uma desculpa rápida pra mudar o que quer que tenha dito, quando se trata desse assunto. Até ai tudo bem, o problema é depois. Quando descubro que nas minhas costas alguns falam exatamente o oposto. E não vejo isso acontecer só no caso de homossexualidade, vejo por exemplo em amizades, na frente são grandes amigos e quando um não está perto já é uma boa hora para se falar mal do "companheiro". Claro que ser sincero demais te faz ser mal educado, não digo que as pessoas devam ser 100% sinceras. Só que não precisa também mudar totalmente de comportamento. Basta ser educada com a pessoa e não fingir ser amigo dela. Assim como no meu caso, não espero que todos aceitem, que fiquem pregando uma de defensor e sim que respeitem a mim e ao meu pai.
As vezes quando estou com uns amigos em algum bar ou coisa do tipo e passa um homossexual bem afeminado, eles mesmo soltam alguns comentários meio desnecessários. Então eu chamo a atenção um pouco de leve, não saio gritando e quebrando a mesa. Simplesmente digo coisas como: o cara pode usar o que quiser ou ser do jeito que quiser, não está atrapalhando ninguém. Porém eu sei bem aqueles amigos que realmente não tem nada contra e os que falam que não tem, mas se tivessem um filho gay, não ficariam nada felizes. Afinal porque não ser feliz se seu filho for gay? O que importa é ele ter saúde e felicidade, não? E o pior é quando eu escuto aquele comentário totalmente machista de que se a filha for lesbica tudo bem, agora o filho não pode ser gay. Acho que vai ser bem dificil até as pessoas aprenderam a não serem mais hipocritas. Como falar isso pra elas não levará a nada, a melhor maneira que vejo para lidar com elas, é tendo uma relação somente de conhecido.