sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amor de um diamante.

Como esquecer aqueles sentimentos? Era impossível! Não saía de sua mente seu desejo de reviver aqueles momentos, crescia cada vez mais e mais. Já estava a anos na escuridão e não tinha mais esperanças. Notava que nunca mais teria aqueles sentimentos. Passavam-se várias e nada lhe despertava. Até que um dia, uma conseguiu despertar novamente aquilo que ele já  havia esquecido a muito tempo. Voltou a brilhar como a muito tempo não brilhava! Aquele brilho limpido, belo, de total pureza e fragilidade. Era como se estivesse drogado de felicidade e paz.
Porém, assim como ocorrera da primeira vez, tudo fora passageiro. Lembrara do sofrimento que passara e tudo voltou à tona. Mas dessa vez, a resistência se desfaleceu. Nunca sentira uma dor tão grande e desagradavel. Que para seu pobre corpo era demais. Uma dor que seria capaz de derrubar até o maior e mais forte dos touros! E então, como migalha de pão, esfarelou-se pelo chão. Ainda mostrava seu brilho. Mas não mais o mesmo de antes, ó pobre diamante!

sábado, 15 de janeiro de 2011

"O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica." (Norman Vincent)

Esses dias fui para o Baixo Gávea com meu pai e umas amigas dele. Chegamos lá, bebemos, jogamos conversa fora, meu pai encontrou mais amigos, eu encontrei amigos e etc. Eu, particularmente, gosto bastante de sair assim com o velho. Mesmo comigo passando boa parte aqui na casa dele, a gente quase não sai junto. Geralmente fico dormindo grande parte do dia e de noite saio com o pessoal. Enfim, eu e meu pai, fomos comer no braseiro a tão famosa picanha de lá. Sentamos, fizemos o pedido e mais um choppinho para cada um. Então chegou um amigo do meu pai e eles começaram a conversar. Claro, caíram no assunto polémico de sempre. E fiquei na minha, ali só ouvindo. Foi quando meu pai começou a falar de politica e reclamar que os políticos evangélicos bloqueiam as leis que protegem os homossexuais. E então, seu amigo falou:
- Porra, Mauricio! É como diria a minha mãe, ta achando ruim? Vai lá e faz melhor!

Eu, particularmente, não concordo nem um pouco com essa frase. Principalmente quando envolve política. Porque primeiro, não importo o que você escolheu fazer, você tem que estar aberto sempre a críticas. Não é por não saber fazer algo que eu não possa criticar quem faz. Se for assim, você nunca poderia ir num restaurante e reclamar da comida, que você não sabe fazer, mesmo ela estando uma merda. Segundo, essa frase nunca pode ser usada para politica! Justamente porque assim você perde o seu direito como cidadão. A politica (tecnicamente) é feita para ajudar e agradar o povo. Se você não está satisfeito, você tem todo direito de reclamar e querer colocar outro no poder, que não necessariamente seja você. Então, depois desse argumento eu começei a entrar no assunto e usei esses argumentos acima. Ficamos um tempo conversando sobre isso e acabei ouvindo aquela mesmo resposta de sempre:
 - A Bryan, você é muito novo. A vida não funciona assim.
Também não acho isso nada justo de se dizer. Claro que ele tem muito mais experiência do que eu. Nem de longe quero comparar isso. Porém não acho esse argumento válido. Muitas pessoas mais velhas aprendem coisas com pessoas mais novas. E para mim, as coisas não funcionam desse jeito. Acho que todos tem o direito de criticar. Se a pessoa não aguenta as críticas, ela que mude o que está fazendo. Na hora meu pai ficou quieto e só ficou me vendo argumentar. Quando saímos, falou que concordava comigo. E isso, de certo modo, me deixou feliz. Sei que ele não é o dono da verdade e muito menos eu. Só que sempre me sinto bem quando ele concorda comigo. Até mesmo quando não concorda também. Ficamos horas jogando argumentos e no final nenhum dos dois mudou de opinião. Ele mesmo diz que tenho uma personalidade bem forte e uma cabeça muito boa. E mesmo não tendo convivido muito com meu pai (só de uns 2 anos pra cá), eu me pareço muito com ele, tanto fisicamente, como no jeito de falar e agir. Cada vez mais fico parecido com o velho, será que já esta na hora dele passar o bastão? Quem sabe.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A paixão de um amor.

Esses dias uma amiga minha veio falar comigo que não gosta de se apaixonar, que acha a paixão uma coisa errada. E um outro amigo meu acha justamente o contrário. Para ele as pessoas deveriam se apaixonar, justamente por ser quando os sentimentos são mais intensos. Eu não concordo com nenhum dos dois. Para mim todos nós devemos nos apaixonar por algo, para depois podermos passar a amá-lo. Então não podemos simplesmente ignorar a paixão. Mas também não podemos ficar nela para sempre. Pois a paixão é o lado não saudável do amor. É o lado do exagero. Onde tudo que você sente por alguém é mais intenso e devido a isso o sofrimento acaba sendo muito maior. Acaba virando um vício. Só se pensa naquilo, tudo te faz lembrar. Uma música, um perfume, um momento, um filme, uma palavra, um texto ou um poema.


Porém, só depois de nos apaixonarmos podemos ver se vale realmente a pena amar. Então é quando entramos no lado saudável, o lado da harmonia e do equilíbrio. Onde se dá e se recebe. E não digo só em relações amorosas. Isso também serve para amizades. Quando no início se está "apaixonado" por aquela nova amizade, tudo que fazem é ótimo e são quase como melhores amigos. E com o tempo se vai vendo, se vale a pena amar aquela pessoa ou não. Se deposita a confiança naquela pessoa, e assim vai. Depois que você já passou a parte da paixão e chegou no amor, podem ocorrer brigas e discussões. Mas logo estará tudo bem. São aquelas clássicas "brigas de irmãos".

Mas as pessoas levam tudo ao extremo. Ou não se apaixonam por ninguém ou querem se apaixonar. E depois acabam sofrendo muito mais e acabam se lamentando pelos cantos. Nada deve ser levado ao extremo. Tudo deve ser moderado e assim chegará ao equilíbrio que todos tanto procuram. Espero que nesse ano de 2011 as pessoas usem mais a sabedoria e sejam mais sensíveis em questão ao amor e a paixão. Afinal, só é capaz de ter um através do outro.