segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

É como andar de bicicleta, você nunca esquece. (Quando se sabe...)

Sempre tive trauma dessa frase, justamente por nunca ter aprendido a andar de bicicleta. Esses dias mesmo, estava conversando com minha mãe sobre aprender línguas e comentei que o ruim é ter que ficar treinando depois. Então ela soltou essa clássica frase : "É como andar de bicicleta, você nunca esquece". Devo ter ficado uns 3 minutos olhando para cara dela, até ela se lembrar que eu não sei andar de bicicleta. Claro que ela começou a rir e falou depois : "Relaxa meu amor, um dia você vai aprender". Realmente já tentei aprender algumas vezes e sempre enchia o saco. Então quando chegou o dia das crianças meu pai resolveu que tinhamos que fazer um programa de pai e filho. E adivinha o que ele escolheu???? Isso mesmo! Escolheu me ensinar a andar de bicicleta no meio da lagoa, em pleno feriado. E como pagar mico para um bando de gente na rua já não fosse o bastante ele ainda levou a filmadora.
Lógico que tentei com todas as forças evitar essa situação! E é claro que não deu em nada e no final lá estava um jovem, com 19 anos, barba na cara,  pelo no peito, 75 quilos, em cima de um bicicleta, embaixo do sol e no meio da lagoa tentando fazer o mesmo que crianças de 10 anos faziam como se fosse a coisa mais normal do mundo. Porém acabou sendo um programa realmente divertido e no final das contas valeu a pena. Mesmo dando somente algumas pedaladas sozinho e sendo zoado pelo namorido do meu pai. Esses programas em família sempre fazem bem. Isso também mostra que independente da idade, podemos sempre sorrir e curtir cada momento. Mostra que mesmo num blog que envolve assuntos sérios, tem espaço parar dar umas boas risadas e que sem esses momentos a vida seria um grande tédio! Ai está o vídeo e espero que vocês dêem boas risadas!! Um feliz natal e um ótimo ano novo a todos!! Provavelmente nos veremos somente em 2011, se Deus quiser!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O príncipe de hoje, será o rei de amanhã.

Ser jovem é querer lutar pelo seus sonhos, lutar pelos direitos iguais, querer revolucionar, ser livre, não ter medo de viver, de morrer, de errar, de acertar, de ser feliz, de chorar, de se lamentar, de se desapontar, de perdoar, de ficar, namorar, beijar, gozar, se apaixonar, odiar ou amar.  

Cada fase deve ser vivida como tal e a fase jovem é essa. O começo de tudo, onde se aprende, onde não se conhece o medo de experimentar tudo que nos é de direito. Nós jovens temos o mundo em nossos pés, temos todas as chances e podemos errar a vontade. Aprendemos com esses erros e cada vez mais chegamos perto de acertar. E assim garantimos que a cada dia o nosso futuro será melhor que antes, para assim vivermos uma velhice com frutos maravilhosos do nosso passado.

Infelizmente muitos vivem sua juventude como velhos e depois vivem sua velhice como jovens. Desperdiçam essa fase maravilhosa e tentam viver uma que ainda não está na hora. Esse príncipe um dia irá se tornar um rei, não é preciso ter pressa. E sendo rei, deve agir como tal. Afinal suas responsabilidades serão muito maiores do que eram antes, suas ações terão muito mais peso e consequência. Então deixem a eles seus trabalhos e a nós os nossos. Pois se invertemos os valores agora, depois iremos inverter novamente. Aproveitem, aproveitem essa vida de príncipe. E para os reis que não aproveitaram. Vocês podem não ter aproveitado uma fase, mas ainda é tempo de aproveitar uma nova. Mesmo não sendo a mesma coisa, ser rei tem suas grandes vantagens. Não é verdade?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela" (Friedrich Nietzsche)

Eu detesto brigar com alguém, principalmente quando são meus pais. Depois da briga sempre me sinto desconfortável e triste. Ontem acabei brigando com o velho e no final estávamos gritando um com o outro e colocando um o dedo na cara do outro. Enfim foi horrível. Eu estava errado. Fui me desculpar e então ele me perguntou o que estava acontecendo. Porque eu ando nervoso. Para muitos eu posso parecer uma pessoa equilibrada, e eu até tento ser, mas a verdade é que sou muito bom dando conselhos.E não busco ninguém para pedir conselhos. Vou guardando, guardando, guardando, até a hora que coloco tudo para fora. Estou com medo, muito medo. Medo de que? Não passar na faculdade, não conseguir construir minha família e não conseguir crescer na minha vida profissional (música). Posso parecer equilibrado por fora, porém por dentro estou totalmente desorientado. Todos dizem que nessa fase isso é normal, mas é algo que temos que superar sozinhos. Canso de ouvir que vou morrer de fome fazendo música, que muitos tentam e poucos conseguem. Porém não deixo isso me abalar, mas ninguém é de ferro e é impossível eu não ter medo

Ontem depois de tudo, eu e meu pai vimos um filme que estava passando no futura. O filme se chamava "Nasce Uma Estrela" com Janet Gaynor e Fredric March. É um clássico de 1937, onde Esther Blodgett (Janet Gaynor) tenta se tornar uma atriz em Hollywood. E tem uma cena que falam para ela a seguinte frase "A suas chances são de 1 em 100 mil" e então ela responde "E eu posso ser essa uma". Nessa hora, eu me vi exatamente naquela cena! Tem coisas que vem na hora certa, no momento certo e esse filme veio nesse momento. Depois do filme e do desabafo com meu pai, confesso que fiquei bem melhor. E um dia quem sabe, quando vocês entrarem aqui, verão um post meu falando da minha felicidade em estar crescendo no ramo musical e com pressa para levar minha filhinha na escola.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

E o prêmio dardos vai para....

Ontem depois de voltar da "noitada", entrei em meu blog e foi com um susto (e um imenso prazer) que recebi esse tão honorável "prêmio dardos" de meu querido amigo blogueiro David. Podemos dizer que sou apenas um bebê nesse mundo de blogs e ter recebido tal homenagem  foi algo que realmente me deixou muito contente. Pois esse prêmio é dado aqueles que cujo blog, é bem escrito e exerce uma certa relevância. Seja contando histórias, seja fazendo críticas, contos, poesias e etc. Não deixem de conhecer o David e seu divertido blog Era uma vez , onde ele narra (Como ninguém!) suas tantas aventuras de vida.

“Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”.

Ao receber o prêmio o blog deve também indicar outros blogs.

Aos indicados, para que este incentivo não acabe, peço a vocês que sigam estas instruções:

1) Você deve exibir a imagem do selo em seu blog;

2) Você deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;

3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos;

4) Avisar os escolhidos, claro!

E meus blogs e blogueiros escolhidos  para receber essa homenagem são:

Matheus Esperon (e sua equipe) no Isto Era - Um inteligente e divertido blog de notícias, críticas e parodias.

Martha Asfora em Ateliê Urbano - Blog feito para todas as mulheres, com uma grande variedade de bolsas, mochilas, barraquinhas de praia e etc. E aos homens que desejam presentear sua filha, mãe, esposa e cia
(Haha).

Mauricio Coutinho em Papai Gay - Conceitos, pré-conceitos, opiniões, exclamações e neuroses de um papai gay tentando viver num mundo homofóbico e preconceituoso sem enlouquecer!

E mais um vez agradeço ao querido David pela sua indicação e desejo a todos uma ótima semana.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Arme a tenda, o circo começou.

Bem, como estou nos meus últimos dias de aula (graças a Deus!), eu e minha turma fomos assistir as apresentações dos trabalhos de vídeo do segundo ano. Chegamos sem fazer (quase) nenhum barulho e nos sentamos no fundo da sala. Até ai tudo ótimo. O professor então, pediu que o primeiro grupo se levantasse e apresenta-se seu trabalho. Que por coincidência, se tratava de homofobia. Eu já conhecia as peças que estavam apresentando e já imaginava o que eu iria ver, porém tinha aquela esperança de estar errado. Infelizmente eu não estava. Eles começaram mostrando uma matéria do fantástico sobre homofobia, que como sempre dizia que a homofobia aqui no Brasil tinha caído bastante (Aham, sei). Em certa hora eles mostram que 2% das pessoas entrevistadas não respeitariam a homossexualidade na família, 3% não saberiam o que fazer, 94% respeitariam e dentro dessas todas, 54% apoiariam. E em outro momento do vídeo é mostrado que 54% acha que a homofobia deve ser considerado um crime. Então dos 94%, 40% só pensaria em respeitar a homossexualidade caso fosse na própria família e isso se eles não estiverem só falando da boca pra fora, o que é muito fácil. É como diria o velho ditado "pimenta no cu dos outros e refresco". Enquanto a apresentação rolava, notei que um deles olhou para o companheiro e falou sem emitir som: "Fudeu, vai dar merda" ou algo do tipo. Além da minha turma, estavam na sala mais três professores, a vice-diretora e a coordenadora. Da pra imaginar porque ele ficou tão preocupado. Foi então que colocaram a entrevista deles com um homossexual. Eu realmente fiquei com o queixo no chão, não acreditava no que estava vendo. O pior era ver que eles achavam graça no que estava acontecendo! As perguntas eram ridículas e as respostas piores ainda. Todos estavam abestados com aquela palhaçada toda. Menos, é claro, o grupo deles. Assim que terminou, levantei a mão, esperei a autorização e falei:

 - Vocês foram obrigados a fazer esse trabalho? Porque se não foram, nunca deveriam ter feito! Isso foi uma falta de respeito, uma grande palhaçada. Vocês mesmo estavam rindo do que fizeram. Aquele rapaz realmente era gay? 


E claro, o rapaz não era homossexual. E depois descobri que era um dos mais homofóbicos. Segundo um deles, o colocaram, pois ele sabia imitar gay direito. E como pegar um branco racista, pintar de preto e o mandar ficar falando como "negão". Isso não existe! Não existe um jeito negro de falar, um jeito homossexual de falar. Do grupo todo só tinha uma pessoa que eu não esperava que fizesse isso. Assim que tudo terminou, fui até ele. Falei que depois de tudo aquilo, meu respeito por ele tinha caído bastante. Ainda tentaram se explicar, mas não tem o que explicar. Ficamos lá mais um pouco, vimos os outros trabalhos e depois voltamos para nossa sala. Foi o assunto do dia e ficamos horas conversando. Pelo menos, vi que existem pessoas que realmente se importam e que defenderam também. Domingo mesmo, fui na parada gay com meu pai e uns amigos meus. Na qual eles me chamaram e eu chamei meu pai. Eu e o velho ficamos surpreso e felizes com isso, pois mostra que nem tudo está perdido, não é mesmo? E acho que posso dizer que tenho um pouco de influência nisso (Hahaha).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Sou sempre sincero.

Hipocrisia. É o que me da mais raiva em alguém. Eu prefiro que a pessoa fale a verdade, mesmo que seja preconceituosa, do que falar uma coisa e por trás falar justamente o oposto. Eu já estou acostumado com essas situações. Na minha frente nunca falam mal de gay ou quando sabem do meu pai já procuram uma desculpa rápida pra mudar o que quer que tenha dito, quando se trata desse assunto. Até ai tudo bem, o problema é depois. Quando descubro que nas minhas costas alguns falam exatamente o oposto. E não vejo isso acontecer só no caso de homossexualidade, vejo por exemplo em amizades, na frente são grandes amigos e quando um não está perto já é uma boa hora para se falar mal do "companheiro". Claro que ser sincero demais te faz ser mal educado, não digo que as pessoas devam ser 100% sinceras. Só que não precisa também mudar totalmente de comportamento. Basta ser educada com a pessoa e não fingir ser amigo dela. Assim como no meu caso, não espero que todos aceitem, que fiquem pregando uma de defensor e sim que respeitem a mim e ao meu pai.
As vezes quando estou com uns amigos em algum bar ou coisa do tipo e passa um homossexual bem afeminado, eles mesmo soltam alguns comentários meio desnecessários. Então eu chamo a atenção um pouco de leve, não saio gritando e quebrando a mesa. Simplesmente digo coisas como: o cara pode usar o que quiser ou ser do jeito que quiser, não está atrapalhando ninguém. Porém eu sei bem aqueles amigos que realmente não tem nada contra e os que falam que não tem, mas se tivessem um filho gay, não ficariam nada felizes. Afinal porque não ser feliz se seu filho for gay? O que importa é ele ter saúde e felicidade, não? E o pior é quando eu escuto aquele comentário totalmente machista de que se a filha for lesbica tudo bem, agora o filho não pode ser gay. Acho que vai ser bem dificil até as pessoas aprenderam a não serem mais hipocritas. Como falar isso pra elas não levará a nada, a melhor maneira que vejo para lidar com elas, é tendo uma relação somente de conhecido.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Entre saias e botas.

Ele, com as botas, em pé conversando cada hora com um grupo de pessoas diferentes, porém sempre com aquele mesmo sorriso em seu rosto. Ela, com uma saia branca, sentada no sofá conversando somente com os mais íntimos e sempre com aquele olhar atento de quem esta observando tudo a sua volta. Era uma rotina diferente naquela casa, portas abriam e fechavam de maneira frenética e constante, as conversas se misturavam com a música, os perfumes se misturavam com o suor e o cheiro das bebidas.
    Ele tomou o ultimo gole de coragem e sentou-se ao lado dela, conversaram abafados e logo foram a um lugar mais reservado. Lá experimentaram um do outro, experiência essa, que ele provavelmente nunca mais esquecera. Encontraram-se outras vezes, ele já não mais com as botas e ela não mais com a saia branca. Queria dizer a ela coisas que não conseguia, sempre pensando que ela não entenderia. Ele não conseguia, o tempo corria ele não conseguia, o tempo corria e o tempo corria.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Invertendo Valores

Os homossexuais pagam impostos e são proibidos de amar. A polícia que deveria nos amparar, só sabe nos roubar. O governo democrático, é forjado. O inocente é preso e o ladrão solto. A natureza que nos criou, nós destruimos. As pessoas que deveriam se respeitar, se matam. A caridade que é feita, é cobrada. O natural, virou comercial. O país de todos, tem dono. As palavras de Jesus, são mudadas. Os valores, são invertidos.
E é assim que o mundo de hoje se encontra. Com todos os seus valores nos lugares errados, onde nunca deveriam estar. Um mundo onde o capital fala mais alto que a religião, os direitos humanos, a preservação da natureza, a ideologia e etc. Às vezes tenho a sensação de que mais ninguém é capaz de enxergar tudo isso, além de mim. Porém sei que isso não é verdade, o que torna a situação mais triste. Portanto, mostra que é puro comodismo. Enquanto os "peixes grandes" vão comendo tudo que vêem pela frente e nos deixam apenas migalhas, outros se contentam com farelos. Ninguém respeita mais ninguém, nem a natureza é respeitada. E não pensem que quem vai sofrer com isso é ela, quem realmente vai sofrer como tudo isso, somos nós! Nós iremos morrer, nós iremos sumir do planeta. O planeta continuará a existir e a natureza junto com ele. O número de pessoas que realmente se preocupam é muito pequeno. Muitos dizem que se importam, mas na maioria dos casos é da boca pra fora. As pessoas tiram vidas como se fosse nada, pisam nas outras como se fossem objetos e depois jogam no "lixo". Chegam a ser hipócritas em alguns casos. Como os Judeus na Palestina, que estão fazendo quase a mesma coisa que Hitler fez com eles, na Segunda Guerra Mundial. Onde os palestinos se encontram vigiados 24 horas, presos atrás das grandes muralhas de Gaza, são controlados em tudo que fazem e a única coisa que querem é o país, que já era deles, de volta. Ou como essas grande empresas, que se dizem "verdes" e continuam a poluir o ambiente, jogando lixos nos rios, jogando gases poluentes na atmosfera, fazendo seus assessores andarem de helicópteros, de um lado para o outro e etc, achando que basta plantar algumas árvores ou comprar uma área do Amazonas, que estará todo resolvido. Mas as pessoas não param para se preocupar com nada disso, acham besteira pensar nessas coisas. Até porque, a maioria pensa que quando tudo estiver realmente na merda, ela já estará morta. Cada vez mais as pessoas estão se tornando individualistas. O que as pessoas realmente se preocupam hoje em dia é com um simples pedaço de papel verde, que virou mais importante que tudo e chegam a fazer loucuras, criar regras, quebrar regras, só para te-lo. Chegam a competir quem tem mais, transformando-o num símbolo de poder. Um país que é dito como um país de todos, que na verdade é controlado pela minoria que exerce um poder muito maior que a maioria e faz das regras, os seus interesses. O problema é que poucos realmente querem mudar esse quadro, poucos são ativistas e enquanto esse número não crescer, as ONGs que hoje em dia existem não conseguirão melhorar quase nada, isso se chegarem a melhorar alguma coisa de fato. A mídia faz com que as pessoas fiquem totalmente alienadas, transforma tudo em comercial e distorce a real visão de muitos fatos. Ainda acham que não há nada de errado? Pensem nisso.
Eu também não sou de nenhuma ONG, já fiz parte de uma e estou tentando fazer algo aqui no meu blog. Sou a favor de passeatas e protestos, esses dias fui a um protesto com o meu pai no centro da cidade, que defendia o vigor da lei PLC 122/2006, que torna a homofobia um crime. Já está mais do que na hora das pessoas começarem a fazer alguma coisa, não acha?? Vamos mudar as coisas??

terça-feira, 19 de outubro de 2010

FCKH8 - "Fuck Hate", Foda-se o ódio!

Estava em casa ouvindo música e pensando na vida, o que faço 90% das vezes quando não estou lendo, quando um amigo meu recomendou-me esse vídeo : 
 
Esse vídeo é uma campanha que apoia o casamento gay e que é contra o ódio. Claro que esse vídeo tinha que ser norte americano. Por isso no Brasil as coisas vão de mal a pior, devido a falta dessa união. O dia que essa união entre os homossexuais e heteros, como eu, ocorrer, com certeza as coisas vão começar a funcionar. É exatamente essa a mensagem que o vídeo transmite: A união de todos contra essa lei que proíbe o amor de duas pessoas do mesmo sexo. Alguns podem até pensar que esse vídeo é muito agressivo, porém eu discordo. Esse vídeo reflete o real pensamento dessas pessoas, o que é correto! Assim como os negros e as mulheres o fizeram. Porque se isso não ocorrer, as coisas vão continuar como estão. São pessoas que lutam por aquilo que é direito delas, diferente das mensagens opressoras que os pastores querem impor. Essas sim são agressivas! Pois estão querendo impor algo que não é correto, que vai contra os direitos de uma pessoa. Ninguém tem o direito de apontar quem cada um deve amar. Um homem amar outro homem ou uma mulher amar outra mulher não mudará nada na vida de ninguém. Agora, você proibir o amor deles, isso sim vai estar mudando a vida de duas pessoas. O que vai contra a maior dádiva que Deus nos deu, o livre arbítrio. A única união, que vejo aqui, é a dos fanáticos evangélicos que está crescendo mais e mais. Quando vamos ter uma campanha como essa no Brasil? Quantos gays terão que sofrer mais para isso? Melhor as pessoas começarem a acordar.

sábado, 16 de outubro de 2010

Preconceito agora é cotidiano.

Alguns dias antes de criar esse blog, aconteceu uma coisa que me incomodou muito! Eu estava dentro de um ônibus vindo pra casa do meu pai e quando estava perto de saltar ouví o motorista perguntar para o trocador :
- E ai, como que vai ficar a lapa daqui a alguns anos?
- Um festival de viados. Bem do jeito que o Clodovil gosta, cheio de putaria.
Nesse momento sentí meu sangue correr mais rápido, o coração bater mais forte e a testa começando a se enrugar. O nome disso é raiva! Eu não gosto de perder a cabeça, não gosto nem um pouco e sempre me arrependo depois. E naquele momento eu queria gritar, colocar pra fora muitas coisas, só que um lado meu me dizia pra deixar aquele idiota de lado e simplesmente ignorar. Então comecei a me acalmar. Foi então que quando eu estava saltando do ônibus que eu o escuto dizer :
-Esse mundo está perdido.
Agora já era tarde, eu estava do lado de fora, só notei que a porta se fechava atrás de mim e ele já estava novamente em movimento. Foi como se o trocador tivesse percebido a minha raiva (o que eu não duvido) e tivesse me dado aquela "faca nas costas". Nesse momento senti meu coração apertando
e me peguei arrependido por ter abaixado a minha cabeça diante aquelas palavras. Eu sou totalmente contra se arrepender das coisas, só que naquele momento eu estava arrependido. Depois que esfriei a cabeça vi que não tinha motivos pra ficar arrependido e sim, quando estivesse num momento oportuno falaria as coisas que penso e não perderia meu tempo discutindo com um trocador de ônibus. E esse momento oportuno é aqui e agora, no meu blog. Pois é isso que eu acho que todos os homossexuais e os não preconceituosos deveriam fazer! Se nós não fizermos, ninguém mais irá fazer e nada vai mudar! O meu pai está ai, colocando a cara dele a tapa e eu estou fazendo o mesmo aqui!! Enquanto vocês ficarem abaixando a cabeça diante dessas situações, sempre irão receber aquela "faca nas costas" e nada mudará. Portanto acho que as pessoas deveriam se preocupar mais e realmente começarem a agir. Outra coisa que me incomoda são essas pessoas que assimilam um beijo homossexual com putaria, isso é um grande absurdo! Ficam falando que é uma pouca vergonha, que se sentem atingidas quando vêem uma cena dessas. Bem, eu me sinto atingido quando estou na rua e vejo um casal quase se comendo na minha frente, seja ele heterossexual ou homossexual! Pois os casais homossexuais não são piores ou melhores que os heterossexuais e sim iguais. Enquanto muitos ficam falando que os gays só pensam em putaria, nem metade desconfia que sua filhinha vai pras festa e faz sacanagem com 2 ou mais. As pessoas são ignorantes porque querem, basta abrir os olhos e verão a verdade bem na sua frente.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Meu pai é gay, queridos.

Nesse primeiro post vou falar um pouco sobre uma experiência que eu tive a 11 anos atrás. Nessa época eu tinha 8 anos e minha mãe me perguntava com muita frequência se eu achava que meu pai podia ser gay ou caso ele fosse, se eu ainda o amaria. E eu estava sempre dizendo que não achava que ele fosse e mesmo que fosse, sim, continuaria a ama-lo da mesmo forma que o amava. Um dia fizemos uma viagem pra Petropolis somente eu e ele. E como estavamos sozinhos e em um lugar bem tranquilo, ele viu a melhor oportunidade para me contar que realmente era gay. Não me lembro com exatidão como foi nossa conversa, porém ele já me contou algumas vezes e também no blog dele (papai gay) o primeiro post conta sobre esse dia. Me lembro mais que no começo foi dificil pra mim, não pelo fato dele ser gay e sim pelo fato das pessoas quererem bater ou zua-lo por ser gay. Lembro que nessa época andava muito nervoso e a minha cabeça ficava a mil, achava que meu pai podia ter mais coisas escondidas, porque como tinha sido o último a saber fiquei com isso na cabeça. Claro que meu pai me contou cedo, eu tinha apenas 8 anos, só que naquele momento pra mim ele deveria ter me contado mais cedo. Então acabei indo pra psicóloga, o que foi bom até, porque o psicólogo na verdade esta ali pra te escutar, fazendo você pensar que esta contando pra alguém que quer te ouvir, só que você na verdade esta falando com você mesmo. Você está se ouvindo e assim se auto ajudando. Acho que cheguei a ficar 1 ano ou um pouco mais indo nela, só que tenho que admitir, depois de um tempo eu ia mais pra jogar Dama, porque já tinha me resolvido a muito tempo. Minha relação com meu pai sempre foi ótima e graças a ele tenho uma cabeça muito boa. Não só em relação a homossexualidade, também me fez ser uma pessoa mais culta e uma pessoa mais ligada a arte. Me lembro que sempre acabava conversando com todos os amigos dele, era o tipo de criança que gostava mais de ficar conversando com um adulto do que ficar brincando no parquinho com os outros da minha idade (Hahaha). Por isso sou muito grato a tudo que ele me ensinou e ainda me ensina, claro que minha mãe também ajudou muito! Só que aqui o assunto sou eu e o velho (Hahahaha)!! Fico horrorizado quando vejo pessoas falando que se tivesse filhos homossexuais iriam expulsar de casa, bater nos filhos..... Pessoas falando que gay bom é gay morto, eu me pergunto : "Essa pessoa é realmente feliz?"
Com certeza não são, se fossem realmente felizes, não iriam querer destruir a felicidade dos outros, não veriam a violência como uma solução.....As pessoas não vem que os homossexuais são seres humanos como qualquer outro! Meu pai tem um namorado que mora com ele e todo fim de semana eu passo com eles e é a mesma coisa que a minha mãe com o marido dela, continua sendo uma família da mesmo forma que qualquer outra! Hoje em dia estou com 19 anos e realmente espero que minha história ajude a fazer (mesmo que poucos) os outros notarem que o homossexual não é nenhuma aberraçao e sim uma pessoa que tem os mesmo direitos de todos!